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Nilmar pensa em encerrar a carreira no Inter
Nilmar pensa em encerrar a carreira no Inter

FONTE: GloboEsporte.com - 22/04/2015

Nilmar busca evolução, sonha com tri e pensa em encerrar a carreira no Inter

Em entrevista exclusiva ao GloboEsporte.cmo, centroavante fala sobre retomada do bom futebol após atuação de luxo contra La U

Nilmar pode mais. Quer mais. O centroavante acredita que a atuação de luxo contra a Universidad de Chile na última quinta-feira, quando fez dois gols e deu uma assistência na goleada por 4 a 0, mostrou que está em evolução. O objetivo agora é manter regularidade e ajudar o Inter a conquistar novas vitórias e confirmar a classificação às oitavas de final da Libertadores. O torneio continental, aliás, é a grande meta. Mas mesmo com o foco na busca pelo tri da América, o camisa 7 não esquece o Gauchão. Tem o desejo de disputar as duas finais contra o Grêmio e, se possível, balançando as redes.

A alegria de Nilmar é nítida. O desempenho em Santiago trouxe a tranquilidade que ele buscava. Ainda mais para confirmar que pode sim seguir como o responsável pelo ataque, por mais que veja como sadia a concorrência e os bons momentos de Lisandro López - que só será inscrito na Libertadores caso o time passe de fase - e Rafael Moura. 

O momento colocou o centroavante de novo nas graças da torcida. Ainda mais por ter alcançado a boa atuação na Libertadores. Enquanto conversava com o GloboEsporte.com, recebia pedidos para bater fotos e conceder autógrafos de quem aproveitou o feriado de Tiradentes para ir até o Centro de Treinamentos do Parque Gigante. 

Nilmar centroavante Inter (Foto: Tomás Hammes / GloboEsporte.com)

A Libertadores mexe com Nilmar, que aos 30 anos disputa pela segunda vez o torneio. A primeira foi pelo Corinthians em 2006, quando o Inter ficou com o título. Por ter sido revelado no Beira-Rio e em razão da família colorada, o jogador sabe o que a conquista significa. A vontade de levar a taça é tanta que até uma artilharia fica em segundo plano - embora admita que gostaria de repetir 2008, quando anotou o gol do título da Sul-Americana contra o Estudiantes. 

- Seria bom. Como atacante a cobrança é sempre grande em termos de gols e resultados. O coletivo vai bem e aí as individualidades aparecem. Agora o time está com uma consistência e isso favorece todos os jogadores.

Até o acaso parece conspirar entre Nilmar e Libertadores. Neste ano, fez todos seus três gols pelo torneio (quatro a menos que o goleador Bou, do Racing). No Gauchão, está zerado. Entretanto, quer mudar este histórico. E terá mais duas chances, nos dois Gre-Nais que decidirão. O "filé", como chama, é levado com grande importância. Tanto que, caso seja questionado por Aguirre, pedirá para atuar. Até porque costuma marcar quando enfrenta o Grêmio. São seis em 14 clássicos:

- A Libertadores é uma competição diferente. O Inter conquistou dois títulos. É natural e normal que a motivação aumente. Até pelo nível da competição, mas também quero marcar no Gauchão (risos). Sempre fiz. Não será dessa vez que eu deixarei escapar. Há mais dois jogos. Vamos ver se eu consigo. 

Nilmar está em sua terceira passagem pelo Inter. Já soma 171 partidas (é o quarto do atual grupo, atrás de D'Alessandro (311), Alex (250) e Muriel (184), tendo marcado 70 gols (terceiro maior goleador, perdendo para Alex (75) e D'Ale (73). 

nilmar inter internacional la u santiago libertadores (Foto: Diego Guichard/GloboEsporte.com)

Confira a entrevista na íntegra:

GloboEsporte.com - Como está se sentindo?

Estou cada vez melhor na parte física. Precisava de uma pré-temporada boa. Iniciei a competição com dificuldades, como todos os jogadores. Foi uma formação nova de elenco. Demorou um pouco para encaixar, mas estou bem. O time também cresceu, aí a individualidade aparece. Mas o futebol você sempre precisa melhorar.

O jogo contra a La U foi o seu melhor?
Acredito que estou melhorando. É sempre bom. Quero ter esse nível em todos os jogos, nem sempre é possível. O time encontrou uma forma de jogar. Favoreceu meu estilo também por ser uma partida fora. No Gauchão pegamos times mais fechados, isso causa dificuldades. É uma nova metodologia. Estávamos buscando entender o mais rápido essa proposta de jogo e conseguir uma regularidade, o que encontramos agora.

O que você espera do jogo contra o The Strongest?
É o jogo da vida deles. E também o nosso. Ainda não estamos classificados. Não podemos vacilar. Conquistamos vitórias importantes, como a última fora de casa. Temos a oportunidade de classificar em primeiro. E, teoricamente, pegar equipes que ficaram mais atrás, o que seria uma vantagem. 

Todos os seus gols no ano foram pela Libertadores. Ela mexe mais com você?
É natural. É uma competição diferente, a maior para os clubes brasileiros. Só joguei em 2006, quando o título ficou com o Inter. O Inter fez boas campanhas nos últimos anos. Conquistou dois títulos. É natural e normal que a motivação aumente. Até pelo nível da competição, mas também quero marcar no Gauchão (risos). Sempre fiz., não será dessa vez que eu deixarei escapar. Há mais dois jogos. Vamos ver se eu consigo. Que eu possa jogar e marcar.

Nilmar centroavante Inter (Foto: Tomás Hammes / GloboEsporte.com)O Bou, do Racing, está com sete gols. Você está com três. Ainda dá para buscar?

Há muitos jogos ainda. Quero classificar primeiro para ter mais sequência, e claro que marcando gols. É sempre bom ter conquistas individuais, mas o mais importante é fazer com que o Inter conquiste o tri.

Você tem uma meta de gols para 2015?
Não consigo falar em quantidade. Espero fazer o máximo possível para ajudar o Inter com as vitórias. Os gols sairão ao natural como foi no último jogo.

Você disse que não precisa fazer tantos gols. Mas seria bom repetir 2008, quando fez o gol do título da Sul-Americana?
Seria bom. Como atacante a cobrança é sempre grande em termos de gols e resultados. O coletivo vai bem e aí as individualidades aparecem. É natural. Estou consciente quanto a isso. Agora o time está com uma consistência e isso favorece todos os jogadores.

Até por já ter atuado pelo Corinthians, teria um gosto especial enfrentá-lo na Libertadores? Há algum clube que gostaria de pegar? 
O Corinthians é melhor evitar (risos). Acho que é o melhor time brasileiro. Está encaixado, são quase dois anos com o mesmo time, o treinador conhece. Eles já saíram na frente. É um candidato ao título. Temos que nos classificar até para evitar nas primeiras fases, mas depois quem quer ser campeão não pode escolher (adversário). O Boca também, tem tradição, é muito forte, bateu todos os recordes. Está muito bem, impõe respeito, é um forte candidato. Nesta fase tudo pode acontecer. O legal é competir com os grandes.

Nilmar tabela gols Inter (Foto: Reprodução)

O que a chance de ganhar uma Libertadores significa, até pela sua ligação com o Inter? 
É bom representar o time do seu filho, da família. Estou convivendo bastante com isso nessa passagem. Os filhos e avós estão sempre presentes. Devo muito ao Inter. Cheguei aqui com 15 anos. Vi como o Inter cresceu, vi as conquistas que teve. É sempre bom jogar em um lugar que você se sente em casa. Meus filhos costumam vir, dependendo do horário. Isso é o mais legal. Eles entram comigo no campo, menos na Libertadores, que não pode. Minha filha está até cobrando. Ela queria entrar, mas não pode.

Para engrenar de vez, um gol em Gre-Nal ajudaria? 
Cresci aqui. Disputei no juvenil, juniores e profissional. Um jogo desse é diferente. Tudo o que envolve, até pelo torcedor. A paixão que tem. O gaúcho é muito apaixonado por futebol. Mexe muito. Sou consciente da importância que tem o Gauchão. Por mais que seja início de temporada, o Gre-Nal é muito importante. É uma adrenalina, uma motivação a mais nesse tipo de jogo. Isso é que é legal.

Você costuma ir bem nos Gre-Nais. Tem seis gols em oito jogos. Se o Aguirre perguntar a você se quer jogar, qual será a resposta?
Na decisão todo mundo quer estar. Chegou a hora do filé mignon (risos). Todo mundo quer jogar. Sabemos que o elenco é grande. São 30 jogadores com potencial. Sai um ou outro e dá resultado. No Gauchão todo mundo teve oportunidade. Foi algo legal. O Diego colocará quem está melhor. Se eu estiver bem vou querer jogar. 

E manter a média?
Sem dúvida (risos).

O título do Gauchão pode ajudar até a embalar na Libertadores?
Para nós do Sul que convivemos é bom. Você fica lembrado. Meus filhos verão que chegamos a uma fase decisiva. Valorizará o que foi feito para a conquista.

Você foi muito bem contra a La U. Mas antes o Lisandro López, que ainda não pode jogar a Libertadores, fez dois gols contra o Cruzeiro-RS (no empate em 2 a 2, que o Inter venceu nos pênaltis por 3 a 1 pelas quartas de final do Gauchão). O Rafael Moura também tem marcado. O momento deles também o estimula a melhorar cada vez mais?
É normal. Todo time em que joguei existiu concorrência. A competição é natural. É algo sadio. Todo mundo quer jogar e buscar seu espaço. Um respeita o outro. É legal ter essa concorrência. Às vezes um não está bem, mas o outro sim. São poucos clubes que têm esse privilégio.

Há como montar um ataque com Lisandro, Nilmar e Sasha?
Isso é com o Diego (risos). Sou atacante. Quero sempre jogar com muita gente próxima.  Fica mais fácil, ajuda. O Diego é inteligente. Ele sabe as características de cada um. Se for possível ele colocará.

Você tem 70 gols no Inter. O D’Alessandro tem 73 e o Alex 75. Pensa em buscar a artilharia do grupo?
Eu nem sabia disso. Fiquei sabendo agora (risos). Já tive duas passagens pelo Inter, e foram muito boas. Eu quero fazer o máximo de gols possível. Será bom para mim, para o time. Mas não tenho essa obsessão. É mais um desafio novo de marcar sempre e ajudar o time.

Nilmar centroavante Inter (Foto: Tomás Hammes / GloboEsporte.com)

A torcida o tem como um grande ídolo. Como é ter esse contato no dia a dia?
É gratificante. Uma motivação a mais, mas também uma responsabilidade. É uma nação com mais de 100 mil sócios. Eu sou muito exigente comigo mesmo. Sei que há muita gente que torce por mim. É algo legal. Há pessoas que nem podem vir ao estádio, mas você sabe que elas torcem. É algo gratificante. Faço o que eu mais gosto. E esse carinho é fundamental. Aqui todo mundo me conhece. O pessoal é muito fanático, me para. Também joguei no Corinthians, mas aqui no Sul é muito diferente. Só tem Inter e Grêmio, o assédio é grande. Mas faço tudo que eu quero.

Seu contrato vai até 2017. Pretende fazer mais quantos jogos?
Espero permanecer bastante nessa passagem. Nas outras duas eu fiquei uma temporada e, na metade da segunda, acabei saindo. Sabemos que todo clube precisa vender. Hoje, até pela minha idade, é mais difícil. Felizmente resolvi minha vida financeiramente. Então não tenho mais vontade de sair. Pretendo ficar o máximo de tempo. Se possível, encerrar por aqui mesmo. 

A Seleção ainda é uma meta? 
Não tenho como meta hoje. É lógico que é bom, já tive a oportunidade de ir. Mas meu objetivo é reencontrar o futebol que eu sempre tive. Quem convoca é o jogador. Se eu estiver bem, quem sabe pode pintar. Mas meu objetivo agora é ajudar o Inter. Não cheguei a falar com o Dunga após ele voltar, mas é um grande treinador. Foi o cara que me levou a uma Copa do Mundo. Realizou meu sonho. Torço muito por ele. Está fazendo um grande trabalho. Quem sabe não surge uma oportunidade?