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América-PE
América-PE

A Fundação e mudança de nome:

O América foi fundado em 12 de abril de 1914 como João de Barros Futebol Clube, em alusão à rua onde ficava a primeira sede. Em 22 de agosto de 1915 passou a ter a denominação atual a pedido do desportista Belfort Duarte, ligado ao América do Rio de Janeiro, que viera ao Recife buscar apoio para a fundação da Federação Nacional de Esportes, antecessora da antiga CBD (confederação Brasileira de Desportos), atual CBF.

Em visita a Pernambuco em agosto de 1915, Belfort Duarte, um dos símbolos do futebol brasileiro, recebeu uma homenagem do JBFC. Na noite de 22 de agosto, Belfort Duarte foi distinguido como capitão honorário do clube e mudou o nome do clube para América Futebol Clube, em homenagem ao seu clube de coração: o América Football Club do Rio de Janeiro.

Texto da carta de Belfort Duarte remetida à imprenssa:

" Comunico-vos que em Assembléia Geral do João de Barros Futebol Clube, reunida no dia 22 de agosto de 1915 deliberou a mudança de nome daquela sociedade que ficou denominada "América Futebol Clube", convicto que esta deliberação em nada mudará as atenções dispensadas ao nosso antigo JBFC e espero a continuação das mesmas ao América Futebol Clube ".

Em 16 de junho de 1915, ainda com o nome de João de Barros, o América participou da reunião de fundação da Liga Pernambucana de Futebol, atual Federação Pernambucana de Futebol.

Cores utilizadas:

João Evangelista Belfort Duarte, maranhense que vivia no Rio de Janeiro, muito ligado ao América carioca, influenciaria mais tarde para que o alviverde passasse a adotar a cor vermelha, como seu homônimo da Cidade Maravilhosa, mas não deu certo, principalmente por causa da existência do Torre, que tinha a mesma cor.

O América ainda disputou os campeonatos de 1937 e 1938 com a camisa vermelha, igual à do seu homônimo do Rio. Porém, logo voltou ao verde original, depois que o Torre, que havia se licenciado, resolveu voltar à atividade. É que o time do bairro da Torre era registrado naquela cor.

Em 1920 afastou-se do campeonato em plena disputa. Depois de derrotar Sport e Náutico por 2 x 1, foi derrotado pelo Santa Cruz por 2 x 1. Por causa dessa derrota, rebelou-se contra a Liga e abandonou o certame, que foi levantado pelo Sport. No ano seguinte, o América voltou à competição, tornando-se mais uma vez campeão, em 1921/22.

Título do Centenário (1922):

Dos seis títulos estaduais conquistados - , o principal por ser histórico é o de Campeãodo Centenário. O América, como a maioria dos campeões estaduais da época, passou a ser tratado dessa forma pomposa por ter levantado a taça estadual em 1922, ano em que se comemoravam os 100 anos da Independência do Brasil.

Última conquista estadual - 1944:

No campeonato de 1944, o América levantou um turno e o Náutico, dois. Houve um jogo extra vencido pelo alviverde por 3 x 2, tendo os dois times saído para uma série melhor de três. Na primeira partida, nos Aflitos, no dia 9 de fevereiro de 1945 – era comum o campeonato passar de um ano para outro – vitória do América por 2 x 0, gols de Valdeque e Oseas.

Não houve a necessidade do terceiro encontro, a negra como se dizia. Isso aconteceria se o Náutico tivesse vencido o segundo jogo. Mas os americanos resolveram a parada logo no segundo duelo, derrotando o alvirrubro por 3 x 0, na Ilha do Retiro, gols de Oseas (2) e Zezinho.

No jogo, disputado em 18 de fevereiro de 1945, na Ilha do Retiro, e dirigido por Belgrano dos Santos, a formação do América campeão difere da foto existente na sede, apenas pela presença de Valdeque em vez de Djalma, ou seja: Leça; Deusdeth e Lucas; Pedrinho, Capuco e Astrogildo; Zezinho, Julinho, Valdeque, Edgar e Oseas.

O Náutico, vice-campeão, contou com Max; Délcio Periquito e Célio Araraquara; Sabino, Mário Ramos e Edvaldo Lima; Plínio, Joãozinho, Tará, Isaac (irmão de Tará) e Luiz.

O técnico do América era o gaúcho Álvaro Barbosa, que em pleno campeonato foi obrigado a fazer uma improvisação. O lateral-esquerdo Rubens, carioca, teve que regressar ao Rio de Janeiro para prestar serviço militar. Sem outro jogador para a posição, Barbosa foi forçado a improvisar o ponta-direita Astrogildo. Deu certo. Tanto que Astró, como era conhecido na intimidade do futebol, permaneceu na lateral esquerda até encerrar sua carreira.

Acusação injusta:

Daquela disputa com o Náutico um episódio ficou marcado: o brusco afastamento do lateral Natal no dia do primeiro jogo da série melhor de três. Em seu lugar entrou Deusdeth. A medida foi tomada pelo diretor de futebol, Rubem Moreira, irmão do presidente do clube, José Augusto Moreira, e que mais tarde seria presidente da Federação Pernambucana de Futebol, reinando durante 27 anos ininterruptos.

A notícia de que Natal tinha sido dispensado de repente, logo espalhou-se, com uma versão que varou o Recife numa velocidade de raio: suborno. Foi essa ‘verdade’ que durante muitos anos prevaleceu. Todavia, numa entrevista ao jornalista Lenivaldo Aragão, autor desta reportagem, em agosto de 1977, portanto, 33 anos depois do incidente, o goleiro Leça, que acompanhou o caso de perto, restabeleceu a verdade.

– O que aconteceu é que Natal era muito mulherengo e no dia do primeiro jogo, um domingo, o centromédio Capuco acordou antes das cinco horas, como de costume, para apanhar mangas, pois havia várias mangueiras na concentração. Quando acordei já vi Capuco em pé. Foi aí que ele me mostrou uma mulher pulando a janela que dava para a rua, ajudada por Natal. Capuco achou aquilo um absurdo, queria logo bater no cara. Interferi, mas ele não se conteve e terminou entregando Natal a Álvaro Barbosa, que telefonou para Rubem Moreira. Rubem chegou furioso, soltando palavrões, como sempre, e de revólver à mão, deu meia hora pra Natal pegar seus pertences e se mandar. O negão Natal ainda apelou, chegou até a chorar, mas não teve jeito – contou Leça, um dos maiores ídolos de todos os tempos do América.

O último grande momento de uma ex-potência

Em 1959, o clube da estrada do Arraial pediu licença e não disputou o Estadual daquele ano, mergulhado que estava numa grave crise financeira. Era o mergulho na decadência. Em 1962 voltava às disputas, mas sem ter a importância de outrora.

A Decadência do América de Recife - Matéria de Lenivaldo Aragão em 15/Abril/2007:

Sem estádio próprio ficou difícil crescer

As novas gerações não têm idéia da importância do América, em épocas já remotas. Se hoje o futebol  pernambucano tem três grandes equipes, até meados dos anos 50 do século passado eram quatro. Tanto que o encontro entre o alviverde e o Náutico era denominado de Clássico da Técnica e da Disciplina.

Os concursos com tampinhas de refrigerantes, como a laranjada Cliper, traziam a foto dos craques do América, junto com os do Náutico, Sport e Santa Cruz.

Velhos americanos atribuem à falta de um estádio, ao contrário de Náutico, Santa Cruz e Sport, um dos motivos de o América ter encolhido através dos anos.

Na verdade, o alviverde não tinha pouso certo. Ora treinava nos Aflitos, ora na Ilha do Retiro – ainda não havia o Arruda – em troca da indicação daquele estádio para os jogos cujo mando lhe pertencia. O campo de Bebinho Salgado, em Apipucos, durante muito tempo acolheu os periquitos, como também eram chamados os americanos.

Em 1981, o alviverde transferiu seu futebol para Jaboatão dos Guararapes, cidade de grande porte geminada ao Recife. Era a tentativa de abrir um novo espaço e atrair o pessoal da terra. Não deu certo. Voltou para a Estrada do Arraial. Mais tarde houve outra mudança para Jaboatão. Mais frustração.

De uns anos para cá, depois que a Federação Pernambucana de Futebol, visando a evitar troca de favores, determinou que é necessário que o clube inscrito no campeonato indique um estádio para mandar seus jogos, que não seja o de qualquer um dos demais concorrentes, o América, a exemplo de um Íbis ou de um Decisão, recém-fundado, começou a andar de um canto para outro. Esteve em Bonito e Goiana, sempre contando com a ajuda, que não era lá essas coisas, do município.

Hoje, batalhando para voltar à elite, o Campeão do Centenário terá seu sonho adiado. Estava inscrito na Série A2, a segunda divisão pernambucana, para disputar o campeonato de 2007, mas tirou o time, literalmente. Levaria seus jogos para Goiana – 50 quilômetros do Recife, na Zona da Mata Norte -, onde já esteve no ano passado. Alegando falta de apoio da prefeitura, pediu afastamento do campeonato. Só que, de acordo com o regimento da FPF terá que voltar dentro de dois anos, sob pena de ser desfiliado.

Concorrente de peso ao título de campeão, o América lutava de igual para igual com alvirrubros, tricolores e rubro-negros, bem como com clubes já extintos – Torre, Flamengo e Tramways. Sua decadência coincidiu com o surgimento do Náutico, como potência. O clube dos Aflitos, situado relativamente perto do América, começou absorver a criançada da região que ia despertando para o futebol.

Sem renovação:

O veterano jornalista Hélio Pinto, já aposentado, sempre se declarou torcedor do alviverde, cujas atividades acompanhava de perto. Segundo ele, com a incrementação do profissionalismo o América afundou.

- Faltou renovação de dirigentes e faltou dinheiro. Alguns que se prontificavam a colaborar nada tinham a ver com o clube. Como não conseguiam lugar nos clubes dos quais eram torcedores, transformavam-se em americanos somente para aparecer nos jornais, declarou Hélio certa vez, em entrevista ao extinto semanário Tablóide Esportivo.

Nostálgicos, velhos americanos relembram glórias de tempos idos. Eram tempos em que o clube reunia figuras de expressão, como o comendador Arthur Lundgren, fundador das antigas Lojas Paulista, mais tarde Casas Pernambucanas, os irmãos Moreira – Zezé, Rubem e João – os Leça, os Cabral de Melo – o poeta João Cabral chegou a jogar no juvenil americano, tendo convivido com seus primos, os irmãos Lula e Sizenando Cabral de Melo, que ajudaram a construir a história do clube.

Por falar nos irmãos Moreira, um deles, Zezé, pai do ex-presidente do Santa Cruz, José Alexandre Moreira, o popular Mirinda, e do atual presidente do Conselho Deliberativo alviverde, José Amaro Moreira, foi o responsável pela construção da sede, inaugurada em 19 de dezembro de 1951.

Os saudosos carnavais promovidos pelo América eram marcantes, terminando infalivelmente com uma bacalhoada na manhã da Quarta-feira de Cinzas.

Títulos Estaduais:

Campeonato Pernambucano: 1918 (Taça ao lado), 1919, 1921, 1922 (campeão do Centenário), 1927 e 1944

Torneio Início do Pernambucano: 1921, 1930, 1931, 1934, 1936, 1938, 1941, 1943, 1955, 1967 e 1970

Taça Recife: 1975

Campeonato Pernambucano de Juniores: 1962, 1963, 1968, 1977 e 1984

Campeonato Pernambucano Infanto-Juvenil: 1951

Campeonato Pernambucano de Aspirantes: 1928, 1930, 1932 e 1939

Obs.:  Devido a um desentendimento com a entidade estadual, o América deixou de participar do Campeonato de 1920, tendo sido campeão de uma liga formada naquele ano.

Títulos Regionais:

Troféu do Nordeste: 1923

Outras conquistas:

Liga Suburbana: 1916, 1917, 1918 e 1929

Copa Torre:1923 e 1924

Taça Casa Amarela: 1926, 1927 e 1928

Troféu Bairro da Boa Vista: 1933

Torneio da Paz: 1940

Torneio Cidade do Cabo: 1965

Copa Roman: 1968

Copa da Juventude: 1974

Copa de Desportos Terrestres: 1986

Sede do América de RecifeSede
Uniforme 1
Mascote do América de Recife
Uniforme 1 (2009)                  
Periquito é o mascote


FONTE: www.campeoesdofutebol.com.br